Quem sou eu

Somos Ellen Figueredo e Lílian Pereira, discentes da disciplina EDC 286: Avaliação da Aprendizagem, ministrada por Robinson Tenório e Andréia Silveira. Criamos esse espaço com o objetivo de abordar "o que é avaliação" sob várias perspectivas, até chegarmos àquela que acreditamos ser a mais completa: a visão inclusiva, que tem como foco a melhoria do processo do ensino-aprendizagem, e na qual o aluno é visto como centro do processo educativo.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Reflexões sobre a educação e a avaliação


  Fonte: http://www.dunoday.com.br/dunoday/?p=127

Um dos maiores desafios na prática pedagógica é o relativo à avaliação: de elemento de referência do andamento do processo para a cooperação com o educando no seu desenvolvimento, tornou-se elemento de controle e dominação” (Vasconcellos, 1995, p.113).
A palavra “avaliação” no âmbito escolar, muitas vezes, vem acompanhada de uma carga de sentido que representa para os alunos um momento tenso, temeroso, em que eles serão avaliados pelo professor somente por meio de uma prova ou teste e o resultado desta avaliação será representado somente por uma nota. Isso se deve ao fato de muitos docentes usarem, ainda hoje, a prática da avaliação nos moldes tradicionais, ou seja, como uma arma de ameaça aos alunos; um modo fácil de manter a disciplina:  através da repressão. Ocorrem pelo menos duas situações: os alunos amedrontados gravam os assuntos pelos quais serão examinados e, muitas vezes, pouco tempo depois já não sabem tratar daquilo, ou, por algum motivo, não conseguem acompanhar o ritmo de abordagem dos assuntos, isso é comprovado através da sua nota, mas nada é feito para solucionar o problema - ele fica com um déficit que o prejudicará no futuro. É isto que podemos constatar na tirinha de Mafalda exposta acima.
Com isso não se quer dizer que a prova e o teste também não devam ser considerados como meios de avaliação, mas o problema é pensar que estas são as únicas formas de observar a aprendizagem de um aluno e de ajudá-lo na construção de novos conhecimentos. É justamente por se perceber isso que o conceito de avaliação foi modificado ao longo do tempo e, em pleno século XXI, o assunto ainda inquieta os estudiosos da educação. Estes defendem que os meios de avaliar não podem se restringir mais às provas e testes, tratados como exames escritos. A oralidade, por exemplo, deve ser levada em conta em atividades como seminários e trabalhos em grupo.
Podemos perceber essa mudança no conceito de avaliação, ao longo do tempo, através, por exemplo, das definições presentes nas leis e decretos abaixo. Nas próximas postagens, serão abordados conceitos de avaliação da aprendizagem, por diferentes autores. Isso nos fará perceber o quanto se trata de um assunto polêmico e desprovido de consenso.
Decreto №19.890/31



 Avaliação – "procedimento de atribuição de notas aos alunos em razão de seu desenvolvimento” e sua finalidade se resume a classificar o aluno através das notas que estes obtiverem.
Na LDB, Nº 4.024, de 1961 temos a seguinte definição e finalidade da avaliação:




Nessas duas definições anteriores de avaliação, podemos perceber uma visão normativa e inflexível no modo de se concebê-la. Já nas definições que se seguem, é possível perceber um avanço gradativo no modo de ver o ato de avaliar:

 LDB nº 5.692/1971

LDB nº 9.394/1996

Nas duas últimas definições, sobretudo a última, verifica-se uma flexibilidade maior em relação ao modo de ver a avaliação e uma preocupação maior com o aluno e seu desenvolvimento voltado não somente ao aprendizado dos conteúdos.
O conceito de avaliação da aprendizagem está diretamente ligado ao objetivo em que se deseja na realização desse processo. Ela depende dos interesses institucionais, do perfil dos avaliadores e principalmente dos aspectos humanos, culturais, sociais, políticos e contextuais em que esse processo se desenvolve. Portanto, podemos conceber a avaliação da aprendizagem, através no nosso conhecimento, como o procedimento de caráter diagnóstico que visa observar, analisar e mensurar um indivíduo através da observação do seu desenvolvimento visando a sua melhoria através de tomada de decisões – levando em consideração o âmbito em que esse processo se realiza – que contribuem para o seu progresso. Como bem diz Vasconcellos (1995, p. 113),


Como dissemos antes, nossa próxima postagem será sobre algumas visões a respeito da avaliação da aprendizagem. Trataremos alguns pontos de vista até chegarmos a uma explicação que consideramos mais completa. Por hoje é só! Aguardem...



Referências:
ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica; desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2008.
TENÓRIO, Robinson Moreira; LOPES, Uaçaí de Magalhães (orgs). Avaliação e gestão: teorias e práticas. Salvador: EDUFBA, 2010.
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Planejamento: Ensini-Aprendizagem e Projeto Educativo – elementos metodológicos para elaboração e realização. Volume 1. São Paulo: Libertad, 1995.
Material em formato de slide elaborado por Andréia Silveira



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